sábado, 13 de novembro de 2010

Tranquilo?



Como pode alguém não amar essas coisinhas fofas? Por isso quero três!

Obrigada, nordestinos, por nos aceitarem no Brasil.

Várias vezes me senti tentada a dizer que tenho vergonha de ser joinvillense, catarinense, sulista. Isso porque meu estado tem um Kaiser (coronel do sul) chamado Luiz Henrique da Silveira, que mesmo com um governo péssimo consegue arrecadar votos para si e para seus aliados. Meu prefeito, sucessor desta famigerada gangue, tem feito um dos melhores governos que Joinville já viu. Um governo correto, corajoso e inovador. E tem 12% de aprovação, como divulgam saltitantes, e massacrantes, os jornais da região. E agora, pra completar a festa, assisto a um dos mais tristes espetáculos dos últimos tempos. Xenofobia aos nordestinos. Não que isso seja novidade pra mim, pois argumento constante em conversas sobre política é que sustentamos o nordeste (sei que ainda vão engolir estas palavras...).


Mas por que não me envergonho daqui? Por que não estou programando breve mudança para o lindo e quente nordeste, ou Rio, ou qualquer outro estado em que não se tenha que conviver com esse preconceito e egoísmo descarado? Porque sem Norte e Nordeste, elegeríamos a Dilma sozinhos! É tão bom saber que o meu voto, e o de todos que festaram comigo no último domingo, foram importantes para podermos dizer isto hoje. Conheço muitos loirinhos de olhos azuis que são petistas roxos. Os petistas que conheço são graduados, pós graduados, conheço uma doutora petista. E nunca podemos cair nesse ódio nazista de divisão. Toda generalização é uma perda. E quando se generaliza o brasileiro, essa perda é infinitamente maior, pois a diversidade é o que temos de mais bonito.
Subsidiar o crescimento tardio do sofrido nordeste é uma questão de ponto de vista político, moral e religioso. Esse é o tipo de idéia que não é tão fácil mudar com uma simples conversa. Mas será que entre os milhões de pessoas que hoje se mobilizam contra os twetts xenofóbicos, não estão aqueles que vêem seus argumentos aumentados, embora de mesmo teor? Será que esse repúdio a tudo que se faça a favor do nordeste não tem a mesma origem do que foi feito na abolição da escravidão? E qual será o futuro profissional de Mayara Petruso? Ser juíza e criar um novo caso, como o da menina Joana?

O que importa é que a nossa Dilma está lá. E vai cuidar muito bem, de nordestinos e sulistas. Meninas, "mulher pode sim!".